Confira destaques da indústria pioneira de etanol de milho a partir do texto das demonstrações financeiras publicadas na edição de 10 de setembro de 2024 do Diário Oficial do Mato Grosso (que você terá acesso na íntegra abaixo).
Quem é e onde fica
Localizada no município de Nova Marilândia (MT), a empresa tem capital 100% nacional.
É formada por um grupo de 24 acionistas que, na sua maioria, são produtores agrícolas, atuando de forma integrada na cadeia de valor do milho.
A ALD está instalada numa das grandes regiões produtoras de milho do Estado, a Chapada dos Parecis, de onde origina a maior parte de sua matéria-prima (milho), incluindo de seus acionistas produtores.
Produtos
A partir do processamento de milho, a ALD tem como principal produto o Etanol Hidratado, combustível renovável amplamente utilizado no mercado nacional, produz ainda o coproduto DDGS (grãos secos de destilaria) na forma de farelo, fonte de energia e proteína de alto valor agregado para nutrição animal.
Produz, também, o Óleo de Milho produto que agrega valor ao portifólio da empresa.
Superação e estabilidade
Sendo uma empresa jovem, que iniciou suas operações em 2021, os dois primeiros anos foram marcados pela superação de desafios e busca pela estabilidade das operações.
Em 2022, a ALD alcançou as metas de produção estabelecidas no projeto inicial, com isso criando as condições para buscar o próximo nível na escala de produção.
Nesse sentido, ao final de 2022 iniciou-se a ampliação da indústria atual que permitiu o acréscimo de 30% de capacidade produtiva, que entrou em operação no 3º Trimestre/2023.
Ao todo a companhia investiu cerca de R$ 100,0 milhões de CAPEX na ampliação mencionada acima, bem como para a construção de um armazém para milho em grãos na indústria, com capacidade estática de 82.000 toneladas e a instalação da linha de extração de óleo de milho, novo produto de portfólio da empresa, que entrou em operação ainda no primeiro semestre de 2023.
Destaques financeiros e operacionais de 2023
No referido exercício, a Companhia atingiu Receita Líquida de R$ 317,8 milhões, uma redução de 17% em relação ao execício anterior, decorrente principalmente da queda no preço de venda do Etanol Hidratado, carro-chefe do portifólio, aliado ao número menor de dias de produção em função de paradas na indústria para a ampliação da produção durante o segundo semestre.
A disruptura no preço doméstico do Etanol observado em 2023 teve como principal motivação a colheita e esmagamento da maior safra de cana-de-açúcar da história brasileira, que apesar de estar focada na produção de açúcar, as usinas ambém acrescentaram um volume importante de oferta adicional de Etanol, que pressionou os preços a partir do segundo semestre de 2023.
Custos altos
Em 2023, os custos efetivos de produção se mantiveram altos, principalmente o milho em grãos e as fontes de biomassa, respectivamente os dois maiores fatores de produção.
A despeito da grande safra de milho colhida no início do segundo semestre de 2023, os volumes estratégicos de estoques trazidos de 2022 somado aos contratos a termo fixados anteriores à safra, impuseram custos finais elevados à indústria.
Em resumo, o aumento do preço médio do Milho foi da ordem de 40% acima do preço registrado em 2021 e de 8% do preço médio registrado em 2022.
Como resultado, em 2023 a ALD Bioenergia apurou prejuizo de R$ 5,9 milhões, decorrente da combinação entre a queda nos preços de venda do Etanol e valorização dos preços de aquisição da matéria-prima e biomassa.
Já o EBITDA, lucro obtido antes das deduções dos impostos, resultado financeiro, depreciação e amortização, foi de R$ 21,1 milhões, com margem positiva de 7% da Receita Líquida.
Processamento em 2023
Para atingir este desempenho financeiro, a Companhia processou em 2023 o volume de 240.004 toneladas de milho, aumento de 5% em relação a 2022, impulsionada pela melhora na capacidade de processamento, resultado da ampliação de 30% da capacidade industrial implementada em 2023 e aprimoramento das práticas produtivas.
Em 2023, a ALD Bioenergia produziu 102.752 m³ de etanol hidratado, aumento de 11% em relação a 2022, graças a ganhos de rendimento industrial e aumento da capacidade produtiva.
Por sua vez, o DDGS contribuiu com 23% da receita líquida total, esse desempenho foi possível dado o aumento no preço de venda.
Na esfera tributária, vale ressaltar que no ano de 2022, a companhia iniciou a utilização do benefício fiscal da SUDAM, que resulta na redução de 75% do imposto de renda, incentivo concedido pelo período de 10 anos, e ainda, beneficiou-se dos incentivos fiscais das subvenções para investimento, que impactam diretamente na base de cálculo para apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social. Na sequência do plano de crescimento e sustentabilidade do negócio, em 2023 a empresa aumentou sua alavancagem para CAPEX, com a construção de um armazém de milho com capacidade de 82.000 t, instalação do sistema para a extração de óleo de milho a partir de 2024 e para fazer frente aos investimentos na já mencionada ampliação da capacidade de processamento.
Futuro do negócio
Para 2024, com base na plena operação ampliada e um novo produto (extração de óleo), e maior capacidade de geração de CBio, a companhia trabalha com uma visão mais construtiva para os resultados no exercício.
Há também expectativas fundamentais para a valorização dos preços do etanol, que vem ampliando a sua participação no consumo nacional de combustível nos últimos anos.
Acredita-se que, com a combinação das ações estratégicas da ALD e com um mercado mais equilibrado, 2024 será um ano de reversão de resultados para a empresa, condição imprescindível para a sequência dos investimentos que visam ganhos de escala produtiva e ampliação do portifólio.
Paralelamente, promete dar sequência à preparação para construir a ALD do futuro, focando no aprimoramento da governança, desenvolvimento de pessoas e enfoque das temáticas ESG para o novo ciclo de crescimento da ALD Bioenergia.
Quem é e onde fica
Localizada no município de Nova Marilândia (MT), a empresa tem capital 100% nacional.
É formada por um grupo de 24 acionistas que, na sua maioria, são produtores agrícolas, atuando de forma integrada na cadeia de valor do milho.
A ALD está instalada numa das grandes regiões produtoras de milho do Estado, a Chapada dos Parecis, de onde origina a maior parte de sua matéria-prima (milho), incluindo de seus acionistas produtores.
Produtos
A partir do processamento de milho, a ALD tem como principal produto o Etanol Hidratado, combustível renovável amplamente utilizado no mercado nacional, produz ainda o coproduto DDGS (grãos secos de destilaria) na forma de farelo, fonte de energia e proteína de alto valor agregado para nutrição animal.
Produz, também, o Óleo de Milho produto que agrega valor ao portifólio da empresa.
Superação e estabilidade
Sendo uma empresa jovem, que iniciou suas operações em 2021, os dois primeiros anos foram marcados pela superação de desafios e busca pela estabilidade das operações.
Em 2022, a ALD alcançou as metas de produção estabelecidas no projeto inicial, com isso criando as condições para buscar o próximo nível na escala de produção.
Nesse sentido, ao final de 2022 iniciou-se a ampliação da indústria atual que permitiu o acréscimo de 30% de capacidade produtiva, que entrou em operação no 3º Trimestre/2023.
Ao todo a companhia investiu cerca de R$ 100,0 milhões de CAPEX na ampliação mencionada acima, bem como para a construção de um armazém para milho em grãos na indústria, com capacidade estática de 82.000 toneladas e a instalação da linha de extração de óleo de milho, novo produto de portfólio da empresa, que entrou em operação ainda no primeiro semestre de 2023.
Destaques financeiros e operacionais de 2023
No referido exercício, a Companhia atingiu Receita Líquida de R$ 317,8 milhões, uma redução de 17% em relação ao execício anterior, decorrente principalmente da queda no preço de venda do Etanol Hidratado, carro-chefe do portifólio, aliado ao número menor de dias de produção em função de paradas na indústria para a ampliação da produção durante o segundo semestre.
A disruptura no preço doméstico do Etanol observado em 2023 teve como principal motivação a colheita e esmagamento da maior safra de cana-de-açúcar da história brasileira, que apesar de estar focada na produção de açúcar, as usinas ambém acrescentaram um volume importante de oferta adicional de Etanol, que pressionou os preços a partir do segundo semestre de 2023.
Custos altos
Em 2023, os custos efetivos de produção se mantiveram altos, principalmente o milho em grãos e as fontes de biomassa, respectivamente os dois maiores fatores de produção.
A despeito da grande safra de milho colhida no início do segundo semestre de 2023, os volumes estratégicos de estoques trazidos de 2022 somado aos contratos a termo fixados anteriores à safra, impuseram custos finais elevados à indústria.
Em resumo, o aumento do preço médio do Milho foi da ordem de 40% acima do preço registrado em 2021 e de 8% do preço médio registrado em 2022.
Como resultado, em 2023 a ALD Bioenergia apurou prejuizo de R$ 5,9 milhões, decorrente da combinação entre a queda nos preços de venda do Etanol e valorização dos preços de aquisição da matéria-prima e biomassa.
Já o EBITDA, lucro obtido antes das deduções dos impostos, resultado financeiro, depreciação e amortização, foi de R$ 21,1 milhões, com margem positiva de 7% da Receita Líquida.
Processamento em 2023
Para atingir este desempenho financeiro, a Companhia processou em 2023 o volume de 240.004 toneladas de milho, aumento de 5% em relação a 2022, impulsionada pela melhora na capacidade de processamento, resultado da ampliação de 30% da capacidade industrial implementada em 2023 e aprimoramento das práticas produtivas.
Em 2023, a ALD Bioenergia produziu 102.752 m³ de etanol hidratado, aumento de 11% em relação a 2022, graças a ganhos de rendimento industrial e aumento da capacidade produtiva.
Por sua vez, o DDGS contribuiu com 23% da receita líquida total, esse desempenho foi possível dado o aumento no preço de venda.
Na esfera tributária, vale ressaltar que no ano de 2022, a companhia iniciou a utilização do benefício fiscal da SUDAM, que resulta na redução de 75% do imposto de renda, incentivo concedido pelo período de 10 anos, e ainda, beneficiou-se dos incentivos fiscais das subvenções para investimento, que impactam diretamente na base de cálculo para apuração do Imposto de Renda e Contribuição Social. Na sequência do plano de crescimento e sustentabilidade do negócio, em 2023 a empresa aumentou sua alavancagem para CAPEX, com a construção de um armazém de milho com capacidade de 82.000 t, instalação do sistema para a extração de óleo de milho a partir de 2024 e para fazer frente aos investimentos na já mencionada ampliação da capacidade de processamento.
Futuro do negócio
Para 2024, com base na plena operação ampliada e um novo produto (extração de óleo), e maior capacidade de geração de CBio, a companhia trabalha com uma visão mais construtiva para os resultados no exercício.
Há também expectativas fundamentais para a valorização dos preços do etanol, que vem ampliando a sua participação no consumo nacional de combustível nos últimos anos.
Acredita-se que, com a combinação das ações estratégicas da ALD e com um mercado mais equilibrado, 2024 será um ano de reversão de resultados para a empresa, condição imprescindível para a sequência dos investimentos que visam ganhos de escala produtiva e ampliação do portifólio.
Paralelamente, promete dar sequência à preparação para construir a ALD do futuro, focando no aprimoramento da governança, desenvolvimento de pessoas e enfoque das temáticas ESG para o novo ciclo de crescimento da ALD Bioenergia.
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pdf com a íntegra das
demonstrações financeiras
da ALD Bioenergia