Frota de leves usa menos biocombustíveis, mas eles ajudam o país a reduzir a emissão de CO2

 

Imagem mostra frentista com bomba de etanol - Crédito: FGV


As emissões de gases de estufa (GEE) evitadas pela presença de biocombustíveis seguem crescentes no Brasil. 

No quarto trimestre de 2022, ante igual período de 2021, 9,26 milhões de toneladas de CO2eq. (dióxido de carbono equivalente) deixaram de ser lançadas na atmosfera pelo uso da bioenergia em veículos leves no país. 

Esse volume representa alta de 7,66% sobre as emissões contidas pelos biocombustíveis no quarto trimestre de 2021: 8,60 milhões de toneladas de CO2eq

Para se ter ideia, as emissões de CO2 que deixaram de ser lançadas no quarto trimestre de 2022 representam o plantio de 22,58 mil hectares de árvores nativas. 

As informações são do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV), que lançou neste abril de 2023 a segunda edição do dashboard de descarbonização na matriz de combustíveis leves. 

O objetivo é acompanhar, trimestralmente, a dinâmica de consumo de combustíveis no Brasil, com atenção especial à análise e compreensão dos efeitos da bioenergia na redução das emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE). 


Saldo positivo dos biocombustíveis


A maior redução de emissões no quarto trimestre de 2022 se deu, conforme o Observatório, mesmo com a retração de 1,10% dos biocombustíveis no total de energia consumida pelos veículos leves.

É que no período analisado, os renováveis totalizaram 35,19% do uso de combustíveis em veículos leves, contra 35,58% em igual período de 2021. 

No entanto, em que pese a redução da presença dos biocombustíveis, o etanol, por exemplo, ampliou a redução de intensidade média de carbono (IC). 

Conforme o dashboard, no último trimestre de 2022 o etanol anidro atingiu 26,51 gCO2eq/MJ, ou seja, queda de 1,11% na comparação com a IC verificada no mesmo período do ano anterior. 

No caso do etanol hidratado, o índice avaliado no quarto trimestre de 2022 alcançou 28,41 gCO2eq/MJ, com redução de -1,15% na comparação com o valor registrado em igual período de 2021.


E o que explica essa queda? 


Segundo a instituição, os índices contabilizados no quarto trimestre de 2022 evidenciaram um melhor desempenho ambiental da produção de biocombustíveis pelas usinas em comparação àqueles observados no mesmo trimestre do ano anterior. 

Por melhor desempenho, entenda-se melhor ganho de eficiência energético-ambiental.


Clique aqui para acessar essa versão atualizada do dashboard


Delcy Mac Cruz

Sou jornalista, integrante da equipe da Vital Comunicação

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